Divindade - Pai e Filho

Divindade - Pai e Filho

Jesus ao nascer recebeu o mesmo nome de Seu Pai, que quer dizer “Senhor Salvador”. Este nome indicava o que aquela criança nascida da virgem Maria faria quando se tornasse adulto. Portanto este nome mostrava que aquele bebê já possuía um certo destino e propósito. Ele viria ao mundo para ser um Salvador, ou pelo menos seria um meio através do qual Deus traria a salvação. Foi por essa razão que as Escrituras também O chamavam de “Emanuel”, que neste caso remontava ao cumprimento de um evento específico que ocorreria quando Deus mesmo estivesse habitando no corpo de Seu Filho, para dessa maneira Se aproximar ainda mais da raça humana decaída. Doravante quem olhasse para aquele Homem estaria olhando para o próprio Deus. É por isso que as Escrituras asseveravam que Aquele que nascesse de uma virgem, também seria chamado de “Filho”, “Pai” e “Deus” ao mesmo tempo. Não se trataria de alguém com uma espécie de dupla personalidade, mas de duas vidas vivendo em um mesmo corpo.

 

Jesus por ter tido um nascimento peculiar, não era um ser humano comum, embora Ele fizesse parte da raça humana pelo fato de ter nascido nela. O anjo que apareceu a Maria disse que aquela criança era na verdade Filho do Altíssimo, o que significava que a Sua linhagem não vinha da espécie humana, com suas falhas e defeitos, mas do próprio Deus. Havia uma parte da natureza humana que Jesus tomou para Si, porém uma outra parte Ele não pôde tomar, o que Lhe permitiu ser justificado em Seu Espírito. A prova disso é que todos os demais filhos de Deus precisam nascer de novo pelo Espírito Santo, enquanto que o Filho Unigênito não necessitou, do contrário não poderia servir como um sacrifício para os Seus irmãos.

 

Mas tal como o Filho Unigênito, todos os demais filhos nascidos de novo também são da espécie de Deus, pois são uma parte Dele. Sendo assim, cada filho deve expressar com sua vida os mesmos genes da Vida que o Filho manifestou quando esteve na terra em forma humana.

 

Entretanto, a existência deste Filho Unigênito não começou exatamente quando Ele assumiu um corpo de carne pelo nascimento virginal, mas muito antes da criação de todas as coisas. Aquele Filho que havia nascido em Belém, era igualmente aquele mesmo Logos que saiu de Deus antes da fundação do mundo, o qual era uma expressão dos pensamentos que estavam na mente de Deus, o que significa que aquele Logos não somente expressou tais pensamentos, mas também o próprio Expressor que habitava com Ele no princípio. Portanto o nascimento de Jesus foi uma oportunidade para que Deus também pudesse mudar a Sua forma, tornando aquele corpo de carne do Seu Filho também a Sua própria carne, pois todos os Seus atributos e características estavam reduzidas corporalmente naquela forma humana que o Pai veio assumir desde o Jordão.

 

Jesus havia Se tornado a Palavra de Deus no sentido de ser a Sua plena manifestação corporalmente, e porque Nele Deus pôde cumprir tudo o que havia predito por meio Dela. Exatamente tudo o que Deus desejou fazer naquele Filho, Ele o fez em plenitude. Ele era o perfeito Cordeiro de Deus. Nunca houve nenhum lugar onde Ele falhasse na Palavra de Seu Pai. Jesus era o Sangue de Deus e o Seu corpo foi feito adequadamente para ambos, a fim de promover a propiciação e a remissão dos pecados do homem. E graças ao Seu sacrifício, o Filho de Deus pôde redimir aos Seus demais irmãos para levá-los de volta ao seu proprietário original e dessa forma, tornar suas próprias vidas adaptadas para o Seu reino.