O irmão Branham afirmava categoricamente que Melquisedeque não era um mero homem de quem não houvesse um registro genealógico apenas, mas que na verdade tratava-se de Deus mesmo manifestado em uma forma humana, embora não igual ao corpo de Jesus Cristo, que fora nascido de mulher. A forma de Melquisedeque era apenas uma dentre várias que Deus utiliza para Se manifestar. Suas aparições e a maneira como elas acontecem sempre foram feitas conforme o Seu próprio desejo e propósito para cada ocasião. Após aparecer como Melquisedeque, em uma outra etapa de Seu drama, Deus novamente voltaria então a aparecer em carne humana ao habitar corporalmente em plenitude no corpo de Seu Filho unigênito.
No princípio Deus manifestou-Se en morphe na forma de Palavra falada, que é um pensamento expresso que quebra um silêncio. Então verifica-se que no drama de Deus, Ele fez uso de certos “personagens” como corpo forma-Palavra, Melquisedeque e Jesus Cristo, a fim de poder manifestar-Se e dar a conhecer a nós não somente os Seus atributos, mas tudo aquilo que Ele tinha em mente fazer com respeito à Sua criação. E Deus também permitiu que os Seus próprios filhos da fé também se manifestassem seguindo um mesmo padrão. Antes de eles existirem, estavam no princípio na forma de atributos ou genes de Deus, com a diferença de que enquanto Deus manifestava-Se em morphe em um corpo forma-Palavra, os filhos de Deus foram manifestos primeiro em corpos humanos, aguardando nesta forma pelo batismo do Espírito Santo, uma vez que numa forma humana carnal estavam sujeitos ao pecado e à tentação. Somente os filhos de Deus podem receber o batismo do Espírito Santo que vem pela Palavra revelada. Ao deixarem este corpo de carne, os filhos de Deus assumem então um corpo-Palavra ou teofania, os quais já existiam, mas que foram contornados primeiramente. Somente aqueles que forem pensamentos de Deus no princípio é que possuirão os seus corpos Palavra e isso pertence apenas aos predestinados, pois todos os Seus filhos foram também parte Dele, como Seus atributos no princípio.
A vida zoe estava inerente em Deus no princípio sem no entanto manifestar-se, apenas aguardando a maneira e a ocasião para quando fazer isso, que foi através da Sua criação. Desde o princípio Deus tinha em mente formar-Se a Si mesmo em carne humana para adaptar-Se à humanidade e ter comunhão com o homem nesta forma. E era Seu propósito identificar-Se com a raça de Adão operando em Seus filhos uma obra redentora. Deus como um Pai amoroso representou como um ator o papel de Salvador e redentor dos filhos da fé, reconciliando-os Consigo mesmo. Mas para essa reconciliação houve uma interposição entre Deus e os Seus filhos, que foi Jesus Cristo homem, o mediador. Deus sendo um Salvador, foi necessário que Ele predestinasse filhos Seus pecadores para que Ele mesmo tivesse um propósito e razão de ser. Deus trouxe portanto não somente os Seus filhos, mas também o Seu filho unigênito para representarem o Seu drama.
Nos dias de Abraão, Melquisedeque foi um sacerdote de Deus para o homem porque ministrou a ele os símbolos do corpo e do sangue, enquanto que Jesus em semelhança humana foi um sacerdote dos homens para Deus, visto que foi para Deus que Jesus ofertou Sua carne e Seu Sangue na cruz. No entanto, Jesus também ministrou como Melquisedeque ao ofertar para o homem o Espírito que Nele estava após ter subido ao alto, e hoje Ele continua sendo um sacerdote de Deus ao ministrar para a Noiva a Sua Palavra viva.