No sermão pregado pelo irmão Branham intitulado “Quem é Este Melquisedeque?”, ele afirma categoricamente que Melquisedeque foi Deus mesmo na forma de um homem que assumiu a posição de Rei na terra governando em Jerusalém. Não se trata de nada insustentável ou contrário às Escrituras afirmar que Deus possa Se revestir de carne humana. O objetivo de Deus sempre foi de obter a adoração e comunhão com a Igreja. E o mesmo Deus que apareceu em carne humana para Abraão nos seus dias, está aqui hoje na forma do Espírito Santo com esse mesmo objetivo.
No entanto, para habitar na Igreja, foi necessário primeiro que Deus novamente Se fizesse carne para que pela morte de Cristo, a Igreja pudesse ser purificada para então habitar e ter comunhão com Ele, pois sem derramamento de Sangue não pode haver remissão ou mesmo a purificação dos pecados.
Deus sempre quis ter comunhão com os Seus filhos, porém esta comunhão deve ser seguida de uma adoração, pois comunhão e adoração são duas coisas que sempre devem andar juntas. E essa comunhão só é possível graças à Parousia do Senhor em nosso meio, que através da Coluna de Fogo tem mudado os nossos corações a fim de obtermos a completa revelação de Sua Palavra e adorarmos a Ele na beleza de Sua santidade. Mas enquanto estivermos em corpos de carne, essa comunhão nunca poderá ser plenamente consumada até que estejamos na Nova Jerusalém. Porém tudo isso há de acontecer porque esses foram os Seus planos e pensamentos desde o princípio.
No princípio Deus estava sozinho com os Seus pensamentos, que eram os Seus atributos. Dizer que Deus estava sozinho, significa que não houve ninguém que pudesse instruir a Deus para dar-Lhe conselhos e formar os Seus pensamentos. Deus mesmo pensou e depois expressou estes pensamentos na forma de Palavra. Sendo Deus onisciente, tudo foi pensado e planejado em Sua mente infinita. Cada filho eleito com quem Deus desejou desde o princípio ter comunhão e que hoje possui a Vida Eterna, já estava em Sua mente e em Seus pensamentos, pois era parte dos Seus atributos. Deus de antemão pré-ordenou aqueles com quem Ele desejou ter comunhão e para receber deles a adoração consoante a revelação de Sua Palavra. Deus é soberano em Sua escolha e Ele concede dons conforme a medida da graça em que cada um foi predestinado a receber. Desde antes da fundação do mundo Deus já havia escrito os seus nomes no Livro da Vida do Cordeiro.
Entretanto, aqueles que já estavam com Deus na forma de atributos, ou seja, como alma ou genes de Deus, não possuem uma recordação disso por serem na verdade apenas uma parte diminuta da Vida de Deus, aguardando por sua vez o momento e a ocasião propícia para serem expressos e manifestados; expressão essa que se manifesta de três formas: primeiro como um atributo ou pensamento, depois como Palavra e por fim em carne humana. E foi exatamente dessa mesma maneira que Deus na forma de Melquisedeque entrou em cena por meio de Sua teofania em carne humana nos dias de Abraão, com a diferença de que nós contornamos nossos corpos teofânicos por sermos uma pequeníssima parte de Deus, enquanto Melquisedeque era a plenitude da Divindade em um corpo de carne.
Uma teofania não pode ser visível a olho nu por se tratar de uma outra dimensão, embora sua evidência possa ser confirmada mediante aparelhos que possam captar sua presença. Porém no Milênio isso se tornará plenamente real, na medida em que desde já estamos presenciando a progressão de uma revelação, onde a Palavra de Deus está sendo cumprida e chegando cada vez mais perto de sua total consumação.