Quando Jesus esteve aqui sobre a terra em carne humana, Ele cumpriu com todos os tipos do sacerdócio aarônico, sendo um sacerdote dos homens para Deus, embora Ele fosse da tribo de Judá e não de Levi. Porém nesse Seu sacerdócio, Jesus disse que veio para servir ou ministrar, e não para ser servido. E da mesma maneira, todos aqueles que se tornassem sacerdotes no Reino de Deus na terra, deveriam fazer exatamente como Ele fez. Quem quisesse ser o primeiro que fosse servo de todos; quem quisesse ser grande que fosse serviçal de seu próximo.
Jesus para ser um sacerdote para os homens precisou ser como um deles, semelhante em tudo, exceto pelo pecado, para que assim pudesse conhecer as fraquezas do homem e nutrir uma simpatia e compreensão pela raça humana decaída, sabendo exatamente como é o homem. Mas sendo Jesus também um sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, Seu Pai, Ele possuía um papel duplo, que era tanto representar a raça humana para Deus, como também de representar a Deus perante os homens. Como sacerdote de Deus para os homens, Cristo derramou o Seu Sangue apresentando-o para Deus em favor de Seus filhos.
No entanto, era Deus mesmo, ou seja, Melquisedeque, Quem estava ministrando aos homens na forma humana de Seu Filho Jesus Cristo, e Ele o faz continuamente hoje. É Deus Quem sempre está ministrando para a humanidade. Deus não confiou a salvação do homem a um anjo ou a um filho qualquer nascido entre os homens, pois todos nascem em pecado; mas Deus confiou isso a Si mesmo. Deus literalmente desceu e ministrou aos homens através do Seu Filho primogênito. Foi Deus Quem ministrou pão e vinho a Abraão depois da batalha; era Deus Quem ministrou nos dias da carne de Seu Filho, e é Ele Quem desceu para ministrar para a Sua Igreja nestes dias na forma de um profeta, nos trazendo o pão e o vinho na forma de Sua Palavra verdadeira e revelada. Isso era Deus na forma do Espírito Santo com o ministério do Filho do Homem.
Abraão não pôde ministrar para Deus no monte até que primeiro Deus ministrasse a Abraão um cordeiro, de modo que Abraão pudesse oferecer de volta para Deus aquilo que Ele mesmo havia lhe dado. E assim como Deus ministrou para nós com uma Mensagem vindicada, ninguém pode ministrar nada para Deus senão com essa mesma Mensagem que foi ministrada a nós. Deus deu a Abraão a única coisa que ele poderia apresentar de volta e que fosse aceitável, e da mesma maneira, a única forma de sermos aceitáveis aos olhos de Deus é apresentar a Ele exatamente o mesmo tipo de fé que Ele próprio revelou para nós nestes dias. Portanto somos justificados somente se aceitarmos a Palavra vindicada para esta hora.
Cristo disse que veio em resgate de “muitos”, porém Ele não disse que veio para “todos”, pois nem todos O aceitaram no passado, e há os que igualmente O rejeitam neste dia. Por conseguinte, Ele ministrou apenas para aqueles que são Seus, e somente os Seus.
Temos que atuar como servos, assim como Jesus atuou como Servo de Deus. Viver para os outros e não para nós mesmos, servindo como Cristo serviu. Se basta para o discípulo ser como o seu mestre, ou ao servo ser como o seu senhor, é importante que os que seguem a Cristo sejam imitadores também de Seu sacerdócio, buscando servir, ao invés de ser servido.
Aos que assim o fazem, Cristo nos chamaria não de servos, mas de amigos. Então devemos ser servos e amigos tanto de Deus como também de nosso próximo, mas não podemos ser servos e amigos de Deus sem amar os nossos irmãos. Ninguém pode amar a Deus se não servir ao seu próximo. Esse era o sacerdócio de Cristo, e essa é a postura que cada filho de Deus, como rei e sacerdote deve de ter.
