Quando o Senhor Jesus Cristo esteve sobre a terra, Deus esteve habitando Nele em plenitude a fim de ser conhecido por meio de Seu Filho, que era a imagem visível do Deus invisível. Deus sempre manteve esse padrão de manifestação, que foi desvelar-Se por meio de Seu Filho Unigênito, cujo padrão não começou somente quando Seu Filho veio ao mundo pelo nascimento virginal, mas muito antes disso, antes mesmo do princípio de todas as coisas.
Antes da criação só havia Deus em Sua onisciência e onipotência. Porém antes que Deus criasse qualquer coisa, Ele usou aquilo que viria a ser o Seu padrão de atuação, que foi manifestar-Se na Filiação, Jesus Cristo, o Filho Unigênito em Seu corpo forma-Palavra ou teofania. Mais adiante em outras ocasiões, Deus viria também a manifestar-Se na teofania de Melquisedeque. Portanto Deus criou todas as coisas por meio da Filiação, Seu Filho Jesus Cristo.
Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Deus estava no princípio em Cristo e tudo criou por meio de Cristo e para Cristo. Este Filho no princípio era o Logos que saiu de Deus, o que não poderia ser outra coisa a não ser uma parte de Deus mesmo, Aquele que é a fonte de toda a inteligência Se desvelando em Seu mais perfeito e completo Representante. Deus começava então a manifestar-Se e a Se mover no literal resplendor de Si mesmo. Todos os atributos de Deus, tais como Curador e Salvador estavam latentes em Deus desde toda a eternidade, assim como também outros de Seus atributos como os de Pai e Filho, e todos esses Seus atributos estavam prontos a serem desvelados ou manifestados, cada um ao seu tempo, por meio de dispensações. O irmão Branham chamava Deus às vezes de “o Pai eterno”, o que significa que Seus atributos eram tão eternos quanto Deus. O Pai eterno em Sua essencialidade nunca mudou; Ele sempre foi e permanece sendo o mesmo. Deus Se movia conforme esses Seus atributos latentes Nele. Porém quando Deus gerou a Seu Filho no princípio, não era ali um atributo chamado “filho” que estava tendo um início, mas um Ser real gerado por Deus, a Sua Filiação, o Primogênito de uma grande filiação ou raça de Deus.
Todos os demais filhos de Deus estavam também em Sua mente ou em Seus pensamentos na forma de atributos, até que Deus falasse uma palavra a fim de trazer cada um à sua existência, pois uma palavra é um pensamento expressado. Portanto, assim como o Filho Unigênito de Deus, antes dos demais filhos existirem fisicamente, todos eles estavam em Cristo na forma de atributos. Todos estavam no passado em Cristo e Cristo estava em Deus e Deus estava em Cristo. Todos estes filhos pertencem à raça de Deus, pois são a manifestação dos Seus atributos, ou antes, da Vida Zoe do Pai sendo manifestada em muitos vasos. Todos eles são irmãos de Jesus Cristo, sendo Ele o seu Irmão mais velho, pois todos têm o mesmo Pai em comum, Deus.
Porém diferente do Seu irmão mais velho, esses demais filhos vieram ao mundo sem as suas teofanias, a fim de serem tentados. E foi para esse fim que Deus Se tornou carne em Seu Filho, para resgatar os demais filhos que vieram a este mundo como homem-carne, sujeitos ao pecado. Serão resgatados todos os filhos cujos nomes estavam escritos no Livro da Vida do Cordeiro desde antes da fundação do mundo. E porque são filhos de Deus, são também todos eles herdeiros Seus, para os quais Deus lhes enviou o Espírito da obediência e da imortalidade já garantida. E à medida que a sua adoção se aproxima, eles vão mais e mais entrando na posse de sua herança.