Presença Nº 1

Presença Nº 1

As Escrituras fazem uma distinção entre a Aparição de Cristo de Sua Vinda efetiva. Os apóstolos haviam compreendido que Cristo apareceria para cumprir determinados eventos que antecipariam a Sua vinda e o subseqüente reinado messiânico, mas tal entendimento ficou velado para o mundo por muitos séculos. O irmão Branham ao trazer para eleitos do tempo do fim uma mensagem que os converteria de volta à fé apostólica da igreja primitiva, ensinou que a Aparição de Cristo e Sua Vinda eram duas coisas distintas. Muitos não conseguiram compreender essa diferença ao pensar que a Aparição e o Arrebatamento seriam a mesma coisa, quando na verdade a Aparição precede o Arrebatamento.

 

A palavra grega que foi traduzida nos evangelhos por “vinda” é parousia, e ela não possui esse sentido segundo os melhores tradutores, como Rotherham e Vine, cuja tradução correta é “presença”. Esse foi apenas um dos motivos de muitos não conseguirem discernir um evento do outro. Rotherham disse que a Parousia era algo que só o seu cumprimento poderia revelar o que de fato ela seria. A parousia seria um período mais ou menos prolongado seguido por uma série de eventos. Portanto o que as Escrituras falavam era de que o Senhor Jesus Cristo iria nos últimos tempos aparecer, e embora essa aparição fosse pública, ela não seria discernida pela maioria como algo que houvesse sido previsto nas Escrituras, ou seja, essa Aparição não seria identificada por todos.

 

Quando Simeão tomou o menino Jesus em seus braços, ele deu um testemunho público de que Deus estava cumprindo Suas Escrituras, mas mesmo assim as inúmeras pessoas que lhe ouviram não fizeram caso disso. Assim é a Aparição do Senhor. Embora seja incontestável de que Deus mesmo esteja presente em meio ao Seu povo, ainda assim essa Presença nunca é percebida em toda a extensão do que Ela representa, porque o público não A compreende.

 

E esta Aparição já está entre nós; portanto qualquer que tomasse os vários eventos pertinentes à Parousia de Cristo para referir-se somente a algo que ainda estaria por vir, não poderia entender o que está sucedendo agora mesmo. É por isso que essa Aparição soa estranha para a grande maioria devido a sua simplicidade. Como Paulo explicou, a Presença de Cristo antecipa a Ressurreição, pois o mesmo que ressuscitou Aquele que é as primícias dos que dormem, necessita estar aqui primeiro para que depois os demais também possam como Ele se levantar da terra. Não pode haver uma Ressurreição a menos que antes Cristo esteja presente, pois é necessária a Sua Presença para ressuscitar os mortos. Por conseguinte, essa Presença está aqui para santificar o corpo, alma e espírito do eleito, a fim de colocá-lo em uma posição que o prepare para mais tarde receber a sua imortalidade.

 

Da maneira como Deus Se manifestou no passado Ele volta a Se manifestar novamente, porque Deus permanece sendo sempre o mesmo e não muda. Deste modo, por mais estranho que a atuação dessa Aparição ou Presença seja para nós hoje, se examinarmos de que maneira a Presença de Deus foi manifestada no Antigo Testamento, poderemos com isso ter um indício de como Ele está Se manifestando agora em nossos dias, pois as Escrituras nos dão inúmeros exemplos disso. Elas mostram que embora as pessoas não pudessem ver Deus face a face, Sua Presença mesmo assim estava absolutamente viva no meio deles.

 

Sempre quando a Presença de Deus era rejeitada pelo mesmo povo a quem Ele aparecia, um grande juízo sobrevinha para condenar aquela geração incrédula. E da mesma maneira, quando a Presença de Cristo em nossos dias resultar em uma rejeição total, então ocorrerá a Grande Tribulação, pois a mesma Presença que traz bênçãos e salvação para os filhos de Deus trará também maldição e juízo para os demais que não creram.

 

Como foi nos dias do Antigo Testamento, hoje o mundo mostra estar confuso e perdido porque rejeitou a Deus, o Espírito Santo, velado na Palavra deste dia. As portas do inferno não estão contra as denominações com os seus credos e dogmas, mas contra a revelação espiritual de que Cristo está aqui agora, o mesmo ontem, hoje e eternamente. É por essa razão que a falsa igreja será envergonhada na Presença de Deus nos últimos dias, pois ela rejeitará o dia da Sua visitação.

 

Entretanto, foi previsto também de que nos últimos dias haveria entre Deus e a Igreja eleita uma confrontação face a face como Paulo disse: “Conheceremos como somos conhecidos”. Eles resplandecerão em suas vidas o mesmo caráter do Filho de Deus que os redimiu e desfrutarão das riquezas da herança da Sua glória para todo sempre.