Parousia – 17/07/1977
A partir do ano de 1977, o Rev. Lee Vayle passou a dar mais ênfase a um ensinamento do irmão Branham que até então muitos pareciam ter passado por alto, o de que Cristo teria que primeiro aparecer antes de vir, como disse o profeta certa vez nestas palavras:
Nós já temos visto e estamos testemunhando a Aparição do Senhor. Lembre-se, “aparição” e “vinda” são duas palavras diferentes, “aparecer” e então “vir”. Agora é a Aparição. Ele já tem aparecido nestes últimos dias. Bem aqui conosco nestes últimos poucos anos. Agora, isto é o sinal da Sua Vinda. Ele está aparecendo em Sua Igreja, na forma do Espírito Santo, mostrando que é Ele, porque as pessoas não podem fazer estas coisas que você vê o Espírito Santo fazendo. Então essa é a Aparição do Senhor. Agora, lembre-se que é falado ambas as situações, “aparição” e “vinda”.
Em outra ocasião, o irmão Branham disse que agora nestes últimos dias “Deus tem novamente nos visitado após dois mil anos”. Porém naquele ano de 1977 pregar sobre este tema era algo bastante incomum. E o problema é que esse tema continua sendo incomum e pouco compreendido até mesmo em nossos dias.
Neste sermão, o Rev. Lee Vayle explica que se somente agora Deus tem Se manifestado, isso significa que tal manifestação nada tem a ver com o batismo com o Espírito Santo que sela o crente no Corpo de Cristo, mas trata-se antes de um outro evento diferente desse. De fato o que o irmão Branham fez foi trazer para a Noiva um entendimento totalmente renovado que iluminou as passagens de 1 Tessalonicenses 4:13-18, e que embora alguns alegassem ter compreendido, na verdade parecem não ter assimilado toda a extensão de seu significado.
De acordo com o profeta, nesta passagem o apóstolo Paulo mencionou à Igreja três eventos que acompanhariam a descida do Senhor para encontrar com os Seus santos, a saber: Alarido, Voz de arcanjo e a Trombeta de Deus. O irmão Branham explicou que o Alarido era a Mensagem que nos foi entregue nestes últimos dias, o que significa que Paulo, portanto, não estava se referindo a eventos relacionados diretamente à vinda física e real de Jesus, tendo em vista que Ele ainda não veio, mas sim a um período de tempo relativamente prolongado e que anteciparia a esse evento.
O motivo da má compreensão das palavras do apóstolo, foi de os tradutores terem traduzido a palavra por ele utilizado, “parousia”, como sendo a vinda de Jesus. Neste estudo, Lee Vayle consegue provar de forma incontestável através de inúmeras Escrituras, que a palavra “parousia” como mostrado no grego bíblico, não se refere na verdade a alguém que ainda estaria por vir, mas sim de alguém que já está presente. Deste modo ela não se refere à ação de uma chegada em si, mas de um período indefinido de tempo mais ou menos prolongado.
Foi por essa razão que estudiosos como o Dr. Vine, chegaram a sugerir que a palavra “parousia” , que também está associada com outra palavra grega de mesma definição, “pareimi”, nunca fosse traduzida, a fim de nos permitir uma compreensão automática de seu verdadeiro significado toda a vez que ela se referisse a Cristo, dado a sua peculiaridade.
Portanto se de acordo com o irmão Branham o Alarido é a Mensagem, ele não teria como alvo imediato os que já morreram em Cristo, mas sim os que permanecessem vivos durante o Seu Aparecer. Este Alarido tem por objetivo transfigurar as mentes dos vivos de modo que eles possam chegar à perfeição, pois sem eles nem os próprios mortos podem ser aperfeiçoados. Deus mesmo tem descido e está aqui presente para promover essa perfeição na Igreja. Já porém a Voz, visa despertar do sono os que haviam partido. Portanto a Voz é a Ressurreição de fato, seguida pela Trombeta de Deus que reúne ambos os vivos e os mortos em corpos glorificados para o Arrebatamento e o seu derradeiro encontro com o Senhor nos ares.
Sendo assim, 1 Tessalonicenses 4:15 apresenta preliminarmente um período indefinido de tempo envolvendo os eventos decorrentes como anunciados nos versos 16 e 17. Portanto a parousia de Cristo ali mencionada envolvendo o Alarido, Voz e Trombeta abraçam uma cadeia de eventos com início, meio e fim, transcorridos em um período de tempo indeterminado. O começo dessa parousia foi esboçado em 1 Tessalonicenses 4, enquanto que a sua conclusão resultando na vinda do Senhor Jesus Cristo, pode ser facilmente averiguada nas passagens de Apocalipse 19:11 à 20:3, que anunciam a vinda física e real do Senhor Jesus, encarnado em carne humana e reinando como Filho de Davi.
Para entender por que esta Presença, ou mais especificamente o entendimento sobre a Parousia de Cristo é ainda hoje ignorada por muitos, Lee Vayle explica que foi exatamente assim que ocorreu nos dias de João Batista que precursou o Cristo para os filhos de Israel, quando naqueles dias Ele já estava ali presente em meio ao povo, mas que até então foi por ele ignorado.
A parousia não se resume em uma cadeia instantânea de eventos como os que ocorrerão na vinda de Jesus. O apóstolo Pedro mencionou essa parousia comparando-a com o que ocorreu nos dias de Noé, que durante um período de tempo relativamente prolongado ele ministrou a Palavra até o dia em que o vaticinado dilúvio chegou. Aquele Espírito de profecia nos dias de Noé é exatamente o mesmo que se manifestou nesta hora, que é a Presença de Deus, o Espírito Santo, o verdadeiro Elias e Mensageiro da Igreja. Deus está aqui no espírito de profecia para que sigamos a Verdade em amor, crescendo em tudo Naquele que é a cabeça, Cristo.
Desta forma, O Senhor Deus, a Palavra revelada, já está presentemente conosco antes mesmo que os mortos sejam ressuscitados fisicamente para a imortalidade. Ele está aqui de modo a estabelecer os nossos corações e sermos encontrados irrepreensíveis diante Dele, na Presença do Senhor Jesus Cristo com todos os Seus santos. Essa é a razão pela qual tem que haver alguma coisa em nosso meio que nos leve à perfeição, e isso é a Sua Presença. Sua Presença abre o livro cujos mistérios até então estavam selados ao entendimento da Noiva, o que A torna perfeita.
Agora com esta Presença, o que antes era conhecido em parte ou visto por espelho em enigma é esclarecido. Durante este período de tempo a Noiva recebe a chuva temporã e serôdia, que são a chuva do ensinamento e da colheita para que o fruto amadureça. Esta chuva não será derramada somente na vinda física de Cristo, porque isso já está acontecendo. Sua Presença promove uma transfiguração, uma mudança de pensamento. Os filhos não mais falam ou atuam como meninos inconstantes levados por todo o vento de filosofia ou doutrina. Este mesmo espírito de profecia, que é a Presença de Deus, revela também a presença do anticristo nesta hora tão enganosa, onde muitos rejeitariam a Palavra por aceitar uma falsa unção.
Essa é a era da adoção, mas também é a hora do preparatório das Bodas, onde aqueles que não estiverem usando as vestes nupciais serão separados dos que estão, pois o justo Juiz já está aqui para inspecionar e separar o Seu povo. O profeta disse que este era o dia em que a Noiva estaria conhecendo o Seu Marido e Esposo, que é a Palavra revelada, e isso não seria em um único momento, mas por um período de tempo.
A Aparição ou a Presença precede o Arrebatamento que é quando a Ressurreição produzirá a plenitude da adoção. A Aparição é a revelação do Noivo Palavra a uma Noiva Palavra. É sob a Presença que a Noiva recebe a Espada do Rei que é a sua vestimenta. A Noiva terá o ministério da Palavra falada que é quando a Terceira Puxada estará em pleno efeito, porém a Noiva dirá somente aquilo que Deus conceder a Ela para dizer.
Nestes últimos dias o povo eleito tem conhecido a Deus face a face no poder de Sua ressurreição que o está transformando dia após dia, para que então quando o Senhor Jesus vier ele possa não somente vê-Lo, mas também ser como Ele é.