Os Dois Espíritos – 19/01/1997
No começo do ano de 1997 o Rev. Lee Vayle estava dando início a uma longa série de estudos intitulada “Mordomia”, porém neste dia ele interrompeu estes estudos para tratar de um outro assunto muito importante, do qual o irmão Branham havia igualmente tratado ao longo de seu ministério, a respeito dos ungidos dos últimos dias. O Senhor Jesus Cristo havia nos alertado de que no tempo do fim surgiriam falsos ungidos e profetas mentirosos para tentar se possível enganar o próprio eleito. A semelhança deles com os profetas genuinamente vindicados por Deus é tal que a diferença entre eles seria a de um fio de navalha, ou seja, quase que imperceptível, mas que poderia ser percebida se atentássemos para algumas das indicações que o Senhor Jesus nos havia apontado.
Após o Filho de Deus ter ressuscitado, Ele reuniu os Seus discípulos dando-lhes a ordenança de levarem o Evangelho da salvação por todo mundo e a toda criatura. O Pai estaria com eles na forma do Espírito Santo a fim de produzirem os mesmos sinais executados pelo ministério do Filho do homem. No entanto, lhes foi advertido de que aqueles mesmos sinais também poderiam ser feitos pelos falsos profetas, que apesar de se vestirem com peles de ovelhas, interiormente seriam lobos devoradores, semente da serpente, que rejeitariam a Palavra de Deus. Mas aqueles que passassem pela experiência do novo nascimento mediante o batismo com o Espírito Santo não se desviariam da verdade. Para isso o eleito deve crer que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus que foi enviado para nos dar a vida eterna, e de que Ele ressuscitou dentre os mortos tornando-Se o único mediador entre Deus e os homens. Da mesma forma deve também crer na Palavra vindicada de Deus entregue pelos Seus apóstolos e profetas. Assim fazendo, não haverá a possibilidade de ser enganado por qualquer sinal ou ensino proveniente do falso ministério.
Como uma árvore, estes falsos ungidos são identificados pelos seus frutos, os quais não se resumem a uma vida imoral, mas basicamente em seu ensino, pois o fruto de um profeta é a palavra ou mensagem que ele prega, o que ele produz e profetiza. Eles podem profetizar no Nome do Senhor, porém não podem respaldar o que profetizam. Seus sinais e prodígios podem até ser genuínos, mas eles se afastaram da Palavra. Tais sinais por eles produzidos se assemelham em muito com o ministério profético vindicado de Deuteronômio 18, mas que na verdade está identificado mais precisamente com o mencionado no capítulo 13, onde é feito a advertência de que o falso profeta produz sinais genuínos, mas com uma falsa mensagem a fim de provar o povo de Deus e afastá-lo Dele.
Estes dois espíritos são de uma origem remota, tendo o seu começo lá no princípio da criação quando o Logos que saiu de Deus estava na forma do arcanjo Miguel, e que juntamente com o querubim ungido, Lúcifer, o filho da manhã, lideravam na adoração a Deus. Apesar de Lúcifer ser muito sábio e ter possuído uma unção genuína de Deus, esta por sua vez seguia uma linha diferente daquela que o Filho de Deus possuía. Entretanto, os dois eram literalmente iguais até o dia em que Lúcifer pervertesse a Palavra e desejasse para si a mesma adoração que Deus recebeu, sendo desta forma expulso de Seu companheirismo, tornando-se então Satanás, o diabo. Mais tarde ele se fez presente no Jardim do Éden para seduzir Eva e por meio dela inserir em meio à raça humana a sua semente sobre a terra, que levaria consigo a mesma unção e esperteza de seu pai. Eles podem expulsar demônios, falar em línguas, orar pelos enfermos e produzir sinais, porém não podem se manter na Palavra por não possuírem os mesmos genes de Deus.
Como nos dias de Moisés, William Branham também foi confrontado por uma infinidade de falsos ungidos que se emaranhavam em meio ao movimento pentecostal produzindo grandes sinais, rejeitando porém a Palavra vindicada da hora e misturando a política com a religião.
Mas a semente eleita de Deus andará na luz e dará ouvidos ao Seu genuíno profeta vindicado. E por meio de Sua Mensagem Deus está movendo o Seu povo do cativeiro de Satanás para a liberdade, e da morte para a imortalidade em Cristo Jesus.