O Jubileu da Rua Azusa (16/09/1956) – Los Angeles, Califórnia, EUA.
Em 1900 na cidade de Topeka, Kansas, um professor do Bethel Bible College chamado Charles Fox Parham, insatisfeito com a frieza espiritual pela qual as igrejas estavam passando, insistia em apregoar uma volta às origens da igreja primitiva onde o Espírito Santo fazia-se presente nas reuniões na forma de línguas e sinais. Ele incentivou seus alunos a buscarem pela promessa do batismo do Espírito Santo até que uma de suas alunas, Agnes N. Ozman O recebeu. Isto motivou um movimento que se alastrou pelo sudoeste dos Estados Unidos. Um de seus adeptos chamava-se William Seymour, um avivalista negro e cego de um olho, que estendeu estes ensinos até a cidade de Los Angeles, Califórnia.
O início do Século XX foi marcado por alguns avivamentos em diferentes partes do mundo, como o avivamento do País de Gales liderado por Evan Roberts, de 1904 até 1906. Porém o movimento pentecostal como foi conhecido, começou mesmo quando Seymour alugou um antigo armazém que também servia como estábulo para animais na Rua Azusa, nº 312 e o converteu numa igreja chamada Missão Evangélica da Fé Apostólica, e lá ele clamou pelo batismo do Espírito Santo; até que novamente uma mulher, recebera o batismo nas primeiras reuniões de abril de 1906. Dias depois o próprio William Seymour igualmente recebera o batismo do Espírito Santo junto com os demais, e os dons do Espírito (línguas, interpretação, curas e profecias) foram restaurados. Logo em seguida pessoas de todas as partes começaram a vir para conhecer o novo mover de Deus naquele lugar e levar adiante a chama do pentecostalismo que repercutiu internacionalmente, conhecido como o Movimento da Rua Azusa.
Desde então várias igrejas foram levantadas a fim de tentar organizar o movimento. Em Los Angeles, onde o movimento pentecostal teve início, a que mais se destacou foi a Igreja do Evangelho Quadrangular, fundada pela missionária Aimée Semple Mcpherson em 1923. Seu ministério era o de cura divina e seu lema de evangelização era: “Jesus Cristo é o mesmo ontem hoje e eternamente”. William Branham, apesar de reprovar mulheres pregadoras, reconhecia e admirava o ministério de Aimée, tanto que seu filho Rolf McPherson, tornara-se seu amigo pessoal. Ele sabia que a igreja estava passando pela sua última era e que nela, a mulher ocuparia um papel de destaque. Em 1954 o irmão Branham realizando uma campanha na Califórnia, sugeriu a realização de um culto para celebrar os 50 anos do movimento pentecostal, e Demos Shakarian, junto com os demais ministros do Companheirismo do Evangelho Completo, organizou uma campanha no próprio Templo dos Anjos, sede da Igreja Quadrangular, onde lá o irmão Branham pregara por diversas vezes. Nesta mensagem ele lembrará de como Deus se movera em meio a um povo simples, mas que nos últimos dias, a igreja se afastara de tal simplicidade, dando lugar a barreiras denominacionais e a um conformismo com o mundo. Ele repreende o pecado nas igrejas e apela para uma insistente busca a Deus e ao Seu Santo Espírito como fizera aquele povo de há 50 anos atrás.