Esta G eração 15/09/1991
Neste seu estudo doutrinário o Rev. Lee Vayle tratará de forma bem específica sobre o ensino do irmão Branham relacionado à Presença de Deus como mencionado nas Escrituras, enfatizando o que ele próprio já vinha ministrando desde 1977 sobre os seus esclarecimentos do real significado da palavra “parousia”, que foi de uma maneira extremamente equivocada traduzida por “vinda”, conforme o irmão Vayle irá aqui provar. Este estudo terá ainda uma continuidade na semana seguinte com o sermão “Presença e Papéis”.
Os comentários do estudioso Rotherham, dos quais o irmão Vayle fará aqui um breve uso, mostram que no monte da transfiguração, a Presença de Cristo revelou a glorificação da Presença por vir. Sua transfiguração foi na verdade uma manifestação de Sua Presença e não de Sua futura vinda, revelando a majestade da Pessoa glorificada. Neste sentido, a parousia não teria nada a ver com a vinda e o retorno físico de Jesus.
Portanto a tradução da palavra grega “parousia” por “vinda” estava totalmente errada, criando uma grande desarmonia com as Escrituras quando analisada dentro de seu contexto. O termo original “parousia” aparece nas Escrituras 24 vezes, cujo significado mais apropriado é “presença” ou “algo que está perto ou próximo”, e nas situações quando é referido à pessoa do Senhor Jesus Cristo elas remetem não à Sua vinda física, mas sim a um evento específico que anteciparia o Seu retorno de fato. Na verdade a palavra “parousia” estaria apontando para um período no futuro mais ou menos estendido, onde um evento deveria ocorrer dentro de uma cadeia de outros eventos que constituiriam uma série de intervenções divinas. Portanto, segundo Rotherham, somente o seu cumprimento de fato é que poderia dar uma ideia mais precisa sobre do que exatamente se trataria.
Com base nestas explicações, o irmão Vayle tentará provar aqui à luz da Mensagem, que este evento do qual a parousia estaria futuramente interligando a uma concatenação de outros eventos, seria o Alarido, sem o qual os demais eventos, tais como a Voz de arcanjo, o qual é a Ressurreição, e a Trombeta de Deus que se refere ao Arrebatamento, não poderiam acontecer.
No entanto, o que é mais esclarecedor em tudo aquilo que o Rev. Lee Vayle irá expor aqui neste seu estudo, é de que na ocasião em que os discípulos perguntaram para Jesus qual seria o sinal da Sua “Parousia”, eles não poderiam estar de maneira alguma se referindo à Sua segunda vinda, uma vez que eles não possuíam nenhuma revelação disso. Os discípulos apenas tiveram a revelação de Quem Ele era, a saber, o Filho de Deus, o Messias; porém como mostrado nos Evangelhos, eles não possuíam a revelação de que este mesmo Messias deveria algum dia ser julgado, morto e sepultado, e muito menos de que Ele ressuscitaria para voltar em uma segunda vinda no futuro. Portanto eles não poderiam estar Lhe pedindo um sinal de Sua “segunda vinda” como tão erroneamente foi sugerido ao longo dos séculos. Este é um argumento comprobatório e inequívoco de que a palavra “parousia” possui um outro sentido diferente daquele que foi proposto pelos tradutores.
Jesus havia pregado a mesma mensagem de João Batista, admoestando que o Reino de Deus estava próximo e em meio ao povo de Israel, que nada mais era a não ser a manifestação de Deus mesmo aparecendo em plenitude em carne humana. E era exatamente sobre o sinal desse Reino de Deus ou do “reino dos céus” que os Seus discípulos estavam Lhe inquirindo. Porém eles não possuíam a necessidade de nenhum outro sinal além daquele que já estava sendo dado que era o cumprimento de Deuteronômio 18, o qual diariamente estava sendo vindicado no ministério do Filho do homem perante os seus próprios olhos.
No entanto, as Escrituras mostram que em algum momento tal aparecer também deveria ser efetuado entre os gentios, e o irmão Branham disse que Deus estava obrigado por estas mesmas Escrituras a Se revelar em Espírito aos gentios e produzir os mesmos sinais que Ele fez aos judeus quando esteve aqui presente em carne.
Ao mencionar aos Seus discípulos acerca de alguns eventos e sinais que haveriam de acontecer, Jesus afirmou que aquela geração não passaria sem que tudo aquilo se cumprisse. O irmão Branham ensinava que essa palavra “geração” embora possa ter um duplo significado, podendo se referir a algum ciclo de vida, na verdade estava se referindo a uma geração específica ou a um grupo especial no tempo do fim. Na verdade essa palavra “geração” na Escritura significa “raça” ou “espécie”, referindo-se mais extensivamente à raça humana como um todo, a quem foi dada a Palavra.
A geração que estava presente nos dias da carne de Cristo é exatamente a mesma que estaria presente no tempo do fim, tendo em vista que ela se divide em dois grupos somente, que hoje formam o Corpo de Cristo e o corpo de Satanás. Um é lavado com a água pela Palavra, enquanto que o outro está amarrado às tradições e ensinos do homem. Este grupo de raças porém está misturado entre si desde que os filhos de Deus caíram, formando então a atual geração que há de estar presente até o tempo do fim quando toda a Palavra estará cumprida. Finalmente então esta geração deverá ser definitivamente extinta e substituída pela geração de Deus e o Seu reino.
Portanto neste tempo do fim quando o Senhor aparece aos gentios, Ele desce com o Alarido a fim de produzir na forma do Espírito Santo e da Coluna de Fogo os mesmos sinais que Ele produziu em carne aos judeus, vindicando um profeta a quem lhe é dado a Palavra com os mesmos sinais do Filho do homem. E como disse o irmão Branham, o Senhor Jesus Cristo foi bem mais sucedido em seu ministério do que Ele mesmo havia sido quando esteve em Seu próprio na carne. E como a Israel foi dado o sinal do profeta Jonas, assim também será dado aos gentios um profeta que, como Jonas nos dias de seu ministério, foi enviado aos gentios com uma Mensagem de Deus.
Em Sua primeira aparição física Deus esteve em carne batendo na porta dos filhos de Israel, porém estes O levaram para fora das portas e O crucificaram; e agora neste tempo do fim quando o Senhor está presente em Espírito, Ele está batendo outra vez na porta da mesma geração que O deixou do lado de fora e que tem rejeitado a Ele e a Seus profetas, e esta O tem novamente crucificado, porém essa seria a sua última vez.
Deus mesmo agora está aqui nesta última vigília para abrir os olhos dos cegos laodiceianos, para libertar da prisão denominacional os presos, e do cárcere dos dogmas e credos os que jazem em trevas. Essa é a Sua obrigação Escriturística para com os gentios. Isso é feito quando Deus desce com o Alarido que é a Mensagem restaurada dos apóstolos e profetas.
Em meio aos gentios onde uma geração de víboras tem produzido uma mistura de sinais e palavras vãs, Deus está agora separando um povo santo cuja mente está fecundada pela Palavra Semente que nunca falha e nem morre. O próprio Sumo Pastor tem aparecido e regido o Seu povo com esta Palavra. Essa é a raça e a geração do Deus Todo-Poderoso, que veio através da verdadeira semente de Adão. A geração ímpia passará, mas a de Deus permanecerá para sempre.