Deidade – Parte 7 – 4/03/2000
Partindo da premissa de que a compreensão daquilo que ocorreu no princípio auxilia a entender como será no fim, o Rev. Lee Vayle fará uma síntese de alguns pontos que já foram estudados nos cultos anteriores, endossando em particular os seus esclarecimentos a respeito de João 1:1 que apresenta Deus como sendo a Palavra viva manifestada por meio da criação e em especial sobre a raça humana, tendo como objetivo prover um meio para redimi-la de sua posição de decadência em meio à corrupção do mundo, até o dia em que toda a criação esteja sujeita a Deus e venha Ele a ser Tudo em todos. Deste modo, quando se conhece o princípio, conhece-se o fim. Portanto, temos que ir ao princípio para compreender como tudo começou.
Conforme esta passagem do Livro de João, antes que houvesse um princípio, a Palavra já existia. Se não tivesse existido alguém antes, não poderia ter havido um princípio. Antes de haver um produto é necessário a existência de um produtor que o faça. E este produtor não é outro senão a Palavra que é o próprio Deus, Aquele que se declarou ser o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, Aquele que começa e que termina, e todas as coisas foram feitas pela Palavra de Sua boca. Antes que houvesse a matéria ou qualquer átomo, não havia tempo e nem espaço, somente a eternidade. Até que em um dado momento, da Sua própria substância, Deus, o Espírito amoroso, formou uma Luz que veio a ser uma parte de Si mesmo. Ela foi chamada de o Filho Unigênito por ter sido gerado em uma circunstância única quando nada ainda havia sido feito até então, justamente para que o Filho se tornasse o agente da criação de Deus. Por meio do Filho todas as coisas foram criadas. Porém, a fim de dar a conhecer a supremacia de Deus, o Filho O adorou como o Seu único Deus e Pai, tornando-O assim de fato Deus, o objeto de adoração. Não há outro Deus, assim como não pode haver outro Pai. Por essa razão, enganam-se aqueles que fazem do Filho a própria Palavra, pois assim estarão criando, como disse o profeta, a fé em dois ou até mesmo três deuses, tirando de Deus a Sua glória que Lhe é única. Deus é o único a ser adorado e ninguém deve ocupar o Seu lugar. No Seu culto de adoração a Deus, como uma oferta de sacrifício, o Filho apresentou-Se a Si mesmo como um Cordeiro imolado desde antes da fundação do mundo. O Filho dirigiu e instituiu o modelo de adoração no céu, que depois mais tarde Deus ordenaria que tal modelo fosse imitado na terra com o sacrifício de um cordeiro no tabernáculo. Porém, quando os exércitos do céu foram criados, entre eles também se encontrava Lúcifer, o anjo perfeito, que antes de perverter a Palavra e de lá fosse expulso também esteve presente naquela adoração.
Porém Deus na Sua onisciência, firmou um propósito de eleger Nele uma outra ordem a ser formada na terra pelos Seus filhos e de ter com eles companheirismo. O Jardim do Éden, onde se encontrava o primeiro casal, tornou-se o Seu governo na terra. Entretanto a mulher se deixou macular com a serpente levando a raça de Deus a cair, dando origem também à raça da serpente. Apesar da miscigenação das raças, os filhos de Deus prosseguiram na terra como os portadores da semente e da vida de Deus. Deus estava preso a um juramento do qual não poderia voltar atrás. Deus estava limitado à Sua Palavra que possuía um fim definido e que não poderia ser alterado. Ele então enviou o Seu Filho Unigênito, que foi o Seu reflexo na terra a fim de redimir a raça caída, confirmando a irrevogabilidade da Sua promessa, apresentando o Filho como sacrifício perfeito e sem mácula, fazendo Dele Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, que não é outro senão o próprio Deus. E ao ressuscitar o Seu Filho, Deus O fez Senhor e Cristo.
Por meio de Sua intervenção Deus provou ser a Palavra viva com poder que também servirá de passaporte para a Noiva para a sua entrada no milênio. Onde Sua Palavra incorruptível estiver ali Deus se fará presente. Melquisedeque, Deus mesmo na forma do Espírito Santo, está agora entre nós. Ele tem aperfeiçoado a Noiva com a Sua Palavra e Ela O servirá como o seu único Deus e Senhor para todo sempre.