Deidade – Parte 3

Deidade – Parte 3

Deidade – Parte 3 – 6/11/1999

 

   Neste novo estudo apresentado envolvendo o tema da Deidade, o Rev. Lee Vayle dará continuidade às suas explicações sobre o emprego da palavra grega “Logos” encontrada nas Escrituras, em especial no Livro de João. Contudo, outro termo que também será analisado nesta aula será a palavra “princípio”, presente tanto no Livro de João como no de Gênesis. O sentido que lhe é atribuído num livro não corresponde de maneira idêntica no outro. Para isso, o Dr Vayle fará uso das ponderações de estudiosos renomados na língua grega a fim de se compreender de forma ampla o sentido exato que lhes são atribuídos nas Escrituras. Estes esclarecimentos que são de extrema necessidade e que duraram quase duas horas, exigiu muita atenção e paciência por parte da audiência que se fazia presente para o culto de comunhão. E o mesmo será exigido do leitor.

   Na antiga história judaica os atributos de Jeová-Elohim eram identificados pela palavra hebraica “Memra”, cuja figura emblemática de sua representação era a menorá de nove ramos, simbolizando a onipotência de Deus manifestada na criação e no Seu relacionamento pessoal com o homem. Com a tradução da Septuaginta, a versão grega das Sagradas Escrituras, o termo mais apropriado para “Memra” no vernáculo grego foi “Logos”, o que lhe conferiu um sentido mais ativo e dinâmico da Deidade, em contraste com o sentido estático e inanimado de “Memra”. Com este novo termo, permitindo uma conotação mais ampla do complexo-Jeová e de seus atributos, a manifestação da onisciência de Deus através de Sua onipotência alcançou uma abrangência maior, o qual requer porém alguns cuidados.

   Foi mostrado que o Logos de João representa o mesmo Deus Criador de Gênesis. Portanto, Logos é Deus ou a Palavra, porém não palavra em seu sentido comum de linguagem, mas o que denota Deus como o Criador e Principiador de todas as coisas. Todavia quando em João diz “no princípio era o Logos...”, o sentido correto de “princípio” não se refere ao início da criação como apresentado em Gênesis, e sim à pré-existência do mundo criado, ou seja, anterior à própria criação, de uma eternidade que precede o tempo, criando assim um limite entre os dois princípios. Nesta eternidade, o Logos se expressou gerando o Seu Filho Unigênito, uma vez que palavra é pensamento expressado, e firmou com este Filho um contrato jurando por Si Mesmo cumpri-lo, cujos beneficiários são todos os filhos de Deus eleitos em Cristo desde antes da fundação do mundo. E Deus está preso a este juramento.

   Entretanto, como o Filho foi gerado, isto o diferencia do Logos que é eterno e que não teve um princípio. O Filho teve um princípio, mas antecedeu os princípios da criação. Porém como o Filho foi formado da própria substância do Logos, sendo uma parte de Deus, fez Dele também um logos. É por essa razão que em várias citações o irmão Branham chama o Filho de logos enquanto que em outra ele o nega a fim de não igualá-Lo ao Único Deus Criador, a Palavra. E o mesmo fez João em seu livro ao usar o termo logos com dois sentidos distintos, sendo um para designar a Deus e outro para designar a Seu Filho. Entretanto, Jesus Cristo é a Palavra expressada que saiu do seio do Pai. Tudo que o Logos pensou na eternidade foi expresso em Seu Filho. E sendo o Filho uma parte de Deus, assim pôde também Deus se fazer carne através de Seu Filho e habitar entre nós. O mesmo Deus Elohim que visitou Abraão, habitou no corpo de Seu Filho. O Jeová do Antigo Testamento é o Jesus do Novo Testamento.

   Nele os atributos latentes do Logos como Criador, Redentor, Salvador e tantos outros, foram feitos conhecidos e todos derramados sobre os filhos de Deus. O Filho expressou exatamente tudo aquilo que o Seu Pai era e Nele conhecemos a Sua glória.

 

 

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