Deidade – Parte 15

Deidade – Parte 15

 Deidade – Parte 15 – 2/09/2000

 

   Neste novo estudo doutrinário, o Rev. Lee Vayle enfocará os seus esforços no esclarecimento da passagem de 1 Timóteo 1:17,  onde o apóstolo Paulo diz: “Ao Rei eterno, imortal, invisível, ao único Deus sábio, seja honra e glória para todo o sempre”. Tanto os trinitários como os unicistas haviam se confundido ao pensar que o apóstolo Paulo estivesse aludindo à pessoa de Jesus Cristo como o Deus único. Estas palavras não haviam sido endereçadas ao Filho, mas sim a Deus. Segundo o Rev. Lee Vayle, elas refletem a essencialidade e intrinsecalidade de Deus como rei eterno e Deus soberano. Deus é rei para sempre. Deus é eterno e imortal porque Ele não pode se corromper. Ele é absolutamente responsável, e não há ninguém que possa fazer qualquer coisa contra Ele ou por Ele. Estas palavras declaram, portanto, a soberania de Deus, exatamente como o irmão Vayle vinha demonstrando nos estudos anteriores.

   Deus é soberano e Ele não compartilha a Sua soberania com ninguém. Ele mesmo governa soberanamente sobre a Sua criação segundo a Sua própria boa vontade, que está baseada em Sua sabedoria e onisciência. Ele está no completo controle. Ninguém pode dizer a Deus o que fazer, e a menos que se conheça Deus quanto à Pessoa que Ele é, Suas qualidades, Seu caráter, Sua sabedoria, Sua onipotência e Seu grande amor, ninguém poderá apreciar Deus como Ele realmente é. Deus é imutável em Sua própria intrinsecalidade e essencialidade, o que significa que Ele é absolutamente o que Ele é. Em Deus não existe nenhuma sombra de mudança ou de variação. A Deidade define o caráter de Deus, ou seja, o Seu estado e qualidade de ser Deus. A Deidade é Deus em ação, manifestando aquilo que está dentro Dele. A Sua essencialidade é refletida naquilo em que Ele tem realizado e trazido à visibilidade em todos os tempos exatamente de acordo com o que Ele é dentro de Si mesmo.

   Todos os Seus atributos latentes e as qualidades essenciais de Deus foram manifestos por meio da Palavra expressa. A intrinsecalidade de Deus tornou-se explícita pela manifestação da Palavra de Deus, quando os Seus pensamentos foram expressos. No princípio o Deus invisível e intangível Se tornou visível e tangível quando Sua Palavra manifestou-Se por meio da criação, que é quando Deus começou a expressar das Nascentes da Grande Fonte de Si mesmo aquilo que Ele é, foi e sempre será, derramado-Se na Sua criação, mais particularmente nos Seus Filhos. Porém antes mesmo da criação, Deus era Jeová Elohim, a Palavra Auto-Existente. Nada havia além Dele. Nele estava a Vida e quando nada mais havia além de Deus, Ele desejou gerar um Filho, e este Filho foi gerado de Deus à Sua imagem e tornou-Se uma parte de Si mesmo. O Filho teve um princípio com a eternidade de Deus, que era aquela vida eterna do Pai, mas tendo o Filho um começo, isso não poderia fazer Dele o Deus eterno e imortal, pois Deus não teve um começo. Portanto o rei eterno e o único Deus sábio a quem Paulo se referia não poderia ser o Seu Filho.

   Mais tarde quando Jesus, o Filho de Deus, veio ao mundo pelo nascimento virginal, Seu corpo Se tornou o templo do Deus vivo, onde Deus pôde manifestar-Se através Dele, formando uma dualidade. Jesus era a imagem de Deus em um corpo de carne que não poderia se corromper. João Batista, o Seu precursor, havia nascido pelo menos 6 meses antes de Jesus, porém João deu testemunho de que o Homem Jesus era antes mesmo dele, referindo-se claramente à Sua pré-existência antes da encarnação humana. Mas nem por isso João estava dizendo que o Filho era Deus, mas sim o Cordeiro de Deus, pois João sabia perfeitamente que Deus mesmo foi Quem o enviou para batizar o Seu Filho. Também não era o Filho quem curava e fazia as obras, mas o Pai através do Filho. Ao Filho foram dados os créditos pelas obras que Deus fez. Deus era de fato o Salvador, embora Ele salvasse por meio de Jesus Cristo.

   Deus é vida e esta vida é luz para os homens. Esta luz é o entendimento da Sua própria Divindade e do Seu eterno poder que é revelada pelo Espírito e derramada na vida daqueles a quem lhes é dado a autoridade de serem feitos filhos de Deus. Deus não está em Sua Igreja. Deus está em Sua Palavra. Deste modo, Deus não pode ser adorado ou conhecido aparte da doutrina e aquele que não a despreza é iluminado pelo conhecimento da glória do Deus único. E a Ele seja honra e glória para todo o sempre.