Deidade – Parte 14

Deidade – Parte 14

Deidade –  Parte 14 – 6/08/2000

 

   No estudo anterior o Rev. Lee Vayle tratou sobre o assunto da soberania de Deus demonstrando através das Escrituras que Deus está acima de tudo e que não está sujeito a ninguém e tudo faz segundo o conselho de Sua vontade. Ele tem o total controle sobre tudo e sobre todos. A Sua soberania reflete a Sua Deidade, ou seja, o Seu estado e qualidade de ser Deus. Ao introduzir o Primogênito no mundo Deus tabernaculou no corpo de Seu Filho Jesus em plenitude para declarar-Se ao Seu povo e tornar os Seus soberanos propósitos conhecidos. O Filho agiu e falou como Deus, mas isso não fez Dele a Deidade. E é exatamente isso que o Rev. Lee Vayle tentará provar neste novo estudo, ao novamente fazer uso das Escrituras Sagradas que revelam esta diferença de papéis entre o Pai e o Seu Filho.

   Deus é o nosso Pai, nosso Progenitor, nossa Origem. Deus é o doador da Vida eterna. Através do Seu Filho temos acesso a esta Vida eterna que é uma parte de Deus e que não pode pecar. Ninguém vem ao Pai senão pelo Filho. Quando Deus habitou no corpo humano de Jesus, aquilo foi a plenitude da Divindade, ou seja, Deus dentro do Homem Cristo Jesus, fazendo Dele Emanuel, Deus conosco.

   O Homem Jesus Cristo não é a Deidade. Ele é o Filho de Deus, o Filho da Deidade. O Filho teve um começo, enquanto que Deus não teve um começo. O Filho tem o Espírito de Deus, enquanto que o Pai é o próprio Espírito. O Filho tem a Vida eterna, enquanto que o Pai é a Vida eterna. O Filho não é a Majestade nas alturas, mas está assentado à Sua destra. O Filho teve que ser aperfeiçoado por meio de sofrimento, enquanto que o Pai é todo Perfeito e não precisou sofrer. O Filho teve que ser provado, enquanto que Deus não precisou. O Filho foi o resplendor da glória de Deus e a Sua expressa imagem. Ele herdou de Seu Pai o Seu Nome e por isso recebeu Dele a autoridade para representá-Lo onde e quando Ele desejasse.

   O Filho é totalmente dependente de Deus. Ele é o Cordeiro de Deus que livremente Se entregou pela raça caída de Adão. Deus não pode morrer, mas o Filho precisou morrer para que o Seu Pai fizesse Dele o Primogênito dentre os mortos. E embora o Pai tenha Lhe dado o poder para dar a Sua vida pelo pecador, o Filho não poderia reavê-la novamente a menos que Deus O ressuscitasse. O Filho não poderia ressuscitar a Si Mesmo, pois assim como a Sua vida Lhe foi entregue por Seu Pai, somente Ele poderia devolvê-la. Ele foi elevado por Deus como Senhor e Cristo e por isso tornou-Se digno de adoração pelos anjos de Deus, porém não como Deus é adorado, pois Deus não divide a Sua soberania ao meio. O Filho não é adorado pelo o que Ele é, mas sim pelo o que Ele fez.

   Deus fez do Seu Filho semelhante aos Seus irmãos para ser o Sumo Sacerdote deles e socorrê-los das tentações das quais Ele Mesmo foi tentado. Embora o Filho tivesse a forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Deus exaltou o Seu Filho soberanamente a fim de ter domínio sobre a criação de Deus, mas isso não torna o Filho a Deidade, o Supremo e Único Deus, mas de um modo específico um “meio-Deus” ou “meia Deidade”, pois a sobreexcelente grandeza do poder de Deus foi manifestada em Cristo.

   Ninguém pode ir ao Pai senão através do Filho porque o Homem Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens. Para que o Filho de Deus pudesse ser o nosso mediador e Sumo Sacerdote Ele precisava ser Homem, porém não exatamente como nós somos, pois viemos a este mundo pelo intercurso sexual, enquanto que o Filho Unigênito de Deus veio pelo nascimento virginal. O Filho não pode ser colocado acima de Deus, porém nem tampouco abaixo de onde Deus O colocou.

   O Filho foi constituído sobre as obras das mãos de Deus que sujeitou todas as coisas debaixo dos Seus pés. Deus agora está trabalhando para sujeitar tudo debaixo dos pés de Seu Filho a fim de que Ele tenha domínio sobre tudo, exceto sobre Aquele que é o Seu Deus e Pai e que Lhe sujeitou todas as coisas, pois Deus é Soberano e não pode estar sujeito a ninguém, nem mesmo ao Seu próprio Filho, que após algum tempo, também sujeitará tudo de volta ao Seu Pai para que Deus venha ser tudo em todos.

 

 

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