Deidade – Parte 12

Deidade – Parte 12

Deidade – Parte 12 – 2/07/2000 

 

   No culto anterior o Rev. Lee Vayle encerrou o seu sermão com a leitura de Hebreus 1:8 onde está escrito: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino...”. Esta passagem é comumente utilizada tanto pelos trinitários como pelos unicistas a fim de provar que o Filho de Deus é a própria Deidade, e por se tratar de um texto complexo Lee Vayle decidiu analisá-lo no culto seguinte e fazer as suas devidas ponderações concernentes ao Salmo 45 que é de onde a Escritura citada em Hebreus é originária. Toda a Escritura a fim de ser mais bem compreendida deve ser analisada à luz da doutrina, pois é ela que conduzirá a um entendimento justo e acertado da Palavra de Deus, e para tal, neste estudo o Rev. Lee Vayle irá analisar uma série de sermões do irmão Branham que dizem respeito à manifestação corporal da Divindade na pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

   Segundo o irmão Branham, Jesus foi corporalmente a plenitude da Divindade. Ele foi a Deidade incorporada. Tudo que Deus era foi manifestado naquele corpo no qual habitava tanto o Pai como o Filho. Deus em Seu Filho foi a Palavra que se fez carne e habitou entre nós. No passado os profetas haviam sido manifestações da Palavra, o que fez deles pequenos deuses, porém Jesus foi a manifestação plena da Palavra em Sua plenitude o que também fez Dele um Deus. Em cada profeta ao longo da história o mesmo Deus manifestou-Se parcialmente neles usando-os como Suas máscaras ou véus até que o Filho do Homem surgiu sobre a terra, O qual foi a Palavra corporalmente manifestada em Sua plenitude, a obra prima de Deus. Entrementes, todos aqueles em que Deus Se manifestou foram provados e falharam, mas o Filho Unigênito era perfeito e Nele não foi encontrado falha alguma porque Ele era o atributo do Amor de Deus. Ele foi provado e venceu. Jesus também era a Palavra porque a Sua vida original era a própria Palavra, que é Deus.

   O profeta disse que o Pai e o Filho eram um não somente porque o Filho foi a manifestação da Palavra prometida de Deus, mas porque havia também uma unidade comum de mente entre os dois e foi desta forma então que Eles podiam andar juntos. Portanto a dualidade dava lugar a uma perfeita unidade entre Deus e o Seu Filho. Jesus era o plano inteiro da redenção. Toda a suficiência de Deus estava Nele. E da mesma forma como os profetas, Deus também habita em uma medida em nossos corpos a fim de nos selar com o Espírito Santo da redenção e garantir a nossa Ressurreição. Nós somos uma parte da Palavra de Deus porque éramos os Seus pensamentos a serem expressos e também uma parte do Logos, porém o Filho expôs tudo aquilo que o Logos é, pois Ele era toda a Palavra. Deus esvaziou-Se em uma máscara a qual foi o Seu Filho. Deus derramou-Se Nele a fim de que toda a Divindade estivesse corporalmente naquele vaso, formando não uma segunda ou terceira pessoa, mas a própria Pessoa de Deus velada em carne humana.

   Com base em tudo isso, Lee Vayle explica que no Salmo 45 Deus está dando o Seu Nome e a Sua posição ao Seu Filho. Deste modo, como os profetas que recebiam a Palavra eram chamados de deuses, o Filho em Quem a Palavra habitou em plenitude é elevado a uma posição de Deus para o povo, porém sem comparação com o que ocorreu com os demais profetas do passado que foram apenas parte da Palavra, enquanto que o Filho foi toda a Palavra, visto que Jesus era a Palavra de Deus feito carne. Este salmo mostra, portanto, o “grande” Jeová e o “pequeno” Jeová juntos. Jesus pode ser adorado e chamado de Deus, mas isso não faz Dele o único Deus Jeová-Elohim. Sendo o Filho tanto a imagem como o reflexo de Deus, Ele está aqui projetando e expondo tudo aquilo que o Seu Pai é, pois o Filho é o espelho vivo de Seu Pai. Ele é o Filho de Deus que estava na adoção exatamente como os demais santos também estão. Quando Deus se revelou na carne de Seu Filho o Seu reino foi manifesto na terra, mas foi impedido de ser exibido em sua plenitude até o dia em que a Noiva entre na Ceia das Bodas.

   Portanto o salmo 45 retrata o Milênio onde lá Jesus será revelado como o Filho de Davi sobre o trono, para reinar sobre toda a terra e ser o Deus de todos, onde novamente o Espírito Santo estará encarnado e nós O coroaremos Rei dos reis e Senhor dos senhores. Esse é o perfeito encaixamento da doutrina com a Escritura.