Tremendo documento.
75 Anos Depois: Relembrando a Enchente de 1937
75 Anos Depois: Relembrando a Enchente de 1937
Condado de Clark
30 de janeiro de 2012
Por DAVID A. MANN David.Mann@newsandtribune.com
Jeffersonville – O mês de janeiro de 1937 cumprimentou a América com um pouco de otimismo. “A proibição tinha acabado de terminar”, disse Rick Bell, um historiador de Louisville. “Muitos dos programas sociais do New Deal estavam começando a ter um impacto”.
No entanto, para a área metropolitana de Louisville, as circunstâncias começaram a parecer muito mais sinistras, quando duas grandes frentes frias resolveram se instalar tanto acima como abaixo do Vale do Ohio. A chuva começou a cair. A água começou a subir. E um cauteloso grupo das cidades do rio desde a Pensilvânia até o Arkansas experimentou um desastre que ainda está para ser rivalizado.
“A quantidade de chuva era inigualável”, disse Bell, autor de “A Grande Enchente de 1937: Águas Subindo, Espíritos Flutuando”.
Bell falou sábado na Biblioteca Pública Distrital de Jeffersonville para uma sala lotada de fãs de história. Usando a sua pesquisa e muitas das famosas fotos e histórias que surgiram do evento, Bell pintou um retrato do que aconteceu com a área durante aqueles preocupantes dias há 75 anos atrás, neste mês.
O rio chegou a 430 pés acima do nível do mar em Jeffersonville. Numa ampla região, 435 pessoas morreram, um número que Bell admite que fosse baixo considerando a gravidade do evento. Dezenas de pessoas subindo e descendo o rio foram obrigadas a evacuar as suas casas e viverem em cidades de tendas. A vida naquelas estruturas temporárias se tornou ainda mais difícil pelas temperaturas diurnas nos anos 30 e baixas à noite.
As comunidades encontraram formas inovadoras para lidar com as circunstâncias. Em New Albany, um caminhão pipa foi colocado em uma balsa que flutuava para cima e para baixo nas ruas para combater os muitos incêndios que ocorreram como resultado do óleo derramado que estava flutuante. Bell disse que New Albany ainda possui esse caminhão e está em processo de restaurá-lo.
Em Louisville, uma ponte de barcas foi construída com 14 mil barris de bourbon vazias para remover as pessoas encalhadas no centro da cidade em segurança para terras mais altas nos arredores.
“Que outra comunidade possui 14 mil barris vazios de madeira?”, perguntou Bell, recebendo algumas risadas.
Centenas de pessoas ficaram presas no edifício da Companhia Colgate-Palmolive em Clarksville. “Felizmente, entre as pessoas presas estavam dois açougueiros”, disse ele. Eles fizeram uso de duas vacas leiteiras que haviam sido levadas para as suas imediações, a fim de manter todos alimentados.
A Cruz Vermelha Americana assumiu uma postura militar, tornando-se a agência líder no esforço de resgate. Bell disse que antes da enchente, havia 30 membros do grupo da Cruz Vermelha em Louisville. Esse número subiu para mais de 1.500 antes que o evento terminasse. Bell disse que a agência forneceu ajuda para mais de 1 milhão e meio de pessoas em todo o estado durante o tempo.
Enquanto a chuva caía, a rádio WHAS permaneceu no ar por 187 horas consecutivas. “Isto marcou o primeiro ciclo de notícias 24 horas por dia na história da mídia”, disse Bell.
Muitas de suas histórias eram mensagens curtas sobre locais onde as pessoas estavam retidas ou sobre a necessidade de suprimentos. As ondas de rádio transportavam as notícias por quilômetros, trazendo auxílio para a área de todo o país e até mesmo do mundo em geral.
Comunidades menores estavam em desvantagem porque não possuíam a infra-estrutura e a mão de obra que as cidades maiores utilizavam. A cidade de Leavenworth, rio abaixo a partir de Jeffersonville, foi completamente destruída. Os residentes de lá decidiram reconstruir longe do rio.
Mais abaixo do rio, cerca de três quartos da cidade de Cario, Illinois foi destruída, disse Bell.
Bell, originalmente da vizinhança de Portland de Louisville, lembra-se de sua família contar histórias sobre a enchente desde que ele era criança. Seu livro foi um best-seller local desde que foi lançado há cinco anos.
Nesse tempo ele tem feito muitas palestras sobre o tema em torno da área.
“Creio que foi muito informativo”, disse Walter Lee, um residente de Clarksville. Ele disse que se lembra de sua família falando sobre a enchente crescendo, então ele pensou em vir e conferir a palestra. E acrescentou: “Eu sou uma espécie de fã de história”.
O quadro da estação Quartermaster de Jeffersonville submersa em água, está pendurado na prefeitura de Jeffersonville. Isso fez o residente Dave Heavrin pensar sobre a enchente. “Eu apenas queria estar mais informado sobre a área”, disse ele.
O livro de Bell pode ser encontrado online em butlerbooks.com. Ele também tem uma outra palestra se aproximando às 14:00, no dia 26 de fevereiro no Museu Steamboat Howard em Jeffersonville. Para mais informações sobre esse evento confira o steamboatmuseum.org.
Fotos Relacionadas
Foto de arquivo
Em 1937, as inundações chegaram longe o suficiente em Jeffersonville até chegar ao Quadrilátero da Rua 10, que agora é o local da prefeitura de Jeffersonville.
Foto de arquivo
O rio Ohio subiu 430 pés acima do nível do mar em janeiro de 1937, enviando as águas da inundação para as ruas. No centro de Jeffersonville, juntamente com a Rua Spring, a água subiu quase até os telhados de algumas empresas.
Foto de arquivo
Homens trabalhavam na limpeza de empresas e das ruas no centro de Jeffersonville após as águas da inundação começar a recuar em 1937.
Foto de arquivo
Esta fotografia aérea de 1937 mostra o edifício da Colgate-Palmolive cercado pela enchente. O historiador e autor Rick Bell, que fez uma apresentação sobre a enchente de 1937 na Biblioteca Pública Distrital de Jeffersonville, no sábado, disse que centenas de pessoas ficaram presas nas instalações durante a enchente de 1937.
Foto por David Mann
Rick Bell, autor de “A Grande Enchente de 1937: Águas Subindo, Espíritos Flutuando” autografa livros na Biblioteca Pública Distrital de Jeffersonville após uma palestra no sábado sobre a enchente. Bell irá falar em um outro evento dia 26 de fevereiro no Museu Steamboat Howard.
Fonte: News And Tribune
Tradução: Diógenes Dornelles
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Data: 31/01/2012
Assunto: ENCHENTE
YO TENGO 75 AÑOS NACÍ EN 6/ DEL 4 / 1936 Y MI HERMANO BRANHAM PERDIA SU ESPOSA EH HIJA Y YO PERDI A MI MADRE EN ESE TIEMPO ... PERO LA GRACIA NOS DIO SU REVELACIÓN ....BENDITA GRACIA DE DIOS CUAN DULCE EL SONIDO.....