Presença e Papéis

Presença e Papéis

 Presença e Papéis – 22/09/1991

 

   Este é um estudo ministrado pelo reverendo Lee Vayle em continuidade ao tema ministrado na escola anterior sobre o tema da Parousia, palavra grega encontrada nas Escrituras sagradas, cuja a tradução correta é Presença, mas que sobejas vezes e em inúmeras traduções bíblicas foi erroneamente traduzido por “vinda”, o que de certa forma, acabou gerando uma má compreensão da doutrina bíblica envolvendo a manifestação de Deus nestes últimos dias em meio ao Seu povo. Neste estudo o Dr Vayle abordará os diferentes papéis que Deus tem desempenhado através de Seu Filho Jesus Cristo a fim de dar total cumprimento ao Seu soberano propósito.

   A palavra Parousia refere-se à ação perpetrada por alguém com o intuito de tornar sua presença percebida. No caso de Cristo, quando as Escrituras falam de Sua futura aparição após a ascensão, ela não remete diretamente à Sua vinda física e visível, mas sim a um período de tempo extensivo que antecipará este evento. Para proporcionar uma idéia distinta destes dois fatos, o irmão Vayle com maestria ilustrará a vinda visível de Cristo como uma espécie de marcha ou desfile, enquanto que a Parousia seria a pista de passagem a ser preparada de antemão para tornar este evento possível. Tem que haver primeiro uma parousia para que depois ocorra uma vinda. Ela cria a ambiência necessária de modo que o encontro de Cristo com Sua Noiva possa ser efetuado.

   Portanto a menção desta palavra nas ocasiões em que se refere a Cristo deveria ter sido conservada como ela é, sem tradução, uma vez que grupos cristãos interpretaram-na como se referindo ao arrebatamento da igreja, sem no entanto compreenderem de que não pode haver um arrebatamento sem que primeiro ocorra uma transformação, que só é possível se o eleito mostrar-se apto a identificar o papel de Sua aparição que Deus tem desempenhado neste presente momento.

   Quando Cristo esteve com Seus discípulos, estes não possuíam um entendimento correto do papel que Ele estava para desempenhar, embora conhecessem as profecias que apontavam para um Messias que havia de vir, faltando-lhes tão somente a revelação para a devida compreensão. E a revelação do Espírito Santo é concedida somente quando se adquire um entendimento correto da Escritura. Na verdade a revelação é uma resposta de Deus àquilo que foi compreendido. Entretanto eles tinham a sua própria interpretação de como elas deveriam ser cumpridas, o que os cegou para o fato de Cristo ser aquele profeta semelhante a Moisés, o qual foi prometido, e que como um profeta vindicado no papel do Filho do homem, deveria morrer para cumprir com os propósitos de Deus. E mesmo após ter ressuscitado, eles não O reconheceram por Sua aparência física, mas sim pelos sinais que Ele fez, confirmando Suas Palavras quando disse que o Reino de Deus não é reconhecido por uma aparência visível. Deste modo a Parousia hoje tem sido percebida não por algum evento visível, embora ela também tenha sido provada cientificamente, mas pela vindicação de Sua Palavra sendo cumprida.

   Após Sua ascensão Jesus deveria assumir o papel de Sumo-Sacerdote e Filho de Deus, e depois, na Sua vinda, como Filho de Davi durante a dispensação milenial. Porém antes disto, o papel de Filho do homem deveria ser outra vez representado em um profeta, pois assim tem feito o Espírito de Cristo em todas as dispensações, manifestando-se nos profetas pela vindicação. É o Alfa repetindo-se no Ômega. Nos tempos de refrigério da Presença do Senhor, o ministério de Elias deveria surgir para restaurar a todas as coisas, caso contrário Cristo não poderia vir e assumir Sua mais preciosa propriedade: a Noiva que Lhe fora preparada.

   O papel deste ministério, que também levará consigo o sinal do profeta Jonas aos gentios, criará passagem para a volta triunfal do Cristo que há de ser revelado na luz deste dia.