A Cura do Congressista William Upshaw

24/01/2017 12:20

A Cura do Congressista William Upshaw

 

Escrito pela irmã Rebekah Branham Smith

 

William David Upshaw foi um sulista, nascido em 15 de outubro de 1866, perto de Atlanta, Georgia. Apenas dois anos antes de seu nascimento, o rugido dos canhões e a fumaça do campo de batalha haviam surgido no ar acima desta estratégica cidade confederada, quando as tropas de Sherman marcharam pelas ruas em uma campanha que marcou o início do fim da Guerra Civil. Em 9 de abril de 1865, o cataclismo havia terminado, e os soldados cansados ​​da batalha retornaram para suas famílias. Despojada, com cicatrizes e humilhada, o que restou de Atlanta e de seus cidadãos lentamente começou a se curar e a se reconstruir. Uma nova geração de líderes para o novo Estados Unidos nasceu.

 

O pai do jovem William, Isaac David Upshaw, era um veterano confederado e ex-professor. Durante a Era da Reconstrução que se seguiu à guerra, ele tentou trabalhar como um lojista em Atlanta, mas o pandemônio e a competitividade da vida da cidade entrava em conflito com a devota educação batista que ele desejava para os seus filhos. Alguns anos após o nascimento de seu filho, Isaac estabeleceu sua família em uma fazenda perto de Powder Springs, na Georgia, a quarenta milhas ao norte da cidade do Capitólio.

 

Em 1884, aos 18 anos, os dias despreocupados e as rotinas de um garoto da fazenda terminou abruptamente para William, quando ele caiu na travessa de uma carroça de feno e fraturou a coluna, paralisando a metade inferior do seu corpo. Ele foi confinado à uma cama pelos próximos sete anos, tornando-se um impotente aleijado.

 

Embora ele fosse impotente, ele sabia com certeza que ele estava longe de estar perdido. Pouco antes de seu acidente, ele havia dado o seu coração ao Senhor Jesus, e agora ele se voltava para o Único que ele sabia que poderia adoçar o cálice de amargura que tinha sido empurrado sobre ele. Ele testemunhou ao longo de sua vida de que “O Senhor Jesus, que havia me dado um coração novo Nele, andava comigo através do vale, e tornou esse vale de lágrimas por sete anos em um monte alto de alegria e vitória”. [Esse trecho pertence ao panfleto “Estou Firmado nas Promessas”, escrito pelo congressista Upshaw, em 1952.]

 

Do seu leito de aflição, ele começou a escrever regularmente uma coluna de poemas e letras inspiradoras para um jornal local chamado Sunny South, usando o pseudônimo de “Willie, o Honesto”. Sua maneira cavalheiresca e estilo talentoso de escrita logo ganhou os corações de seus leitores. Ele foi incentivado a publicar os seus escritos em um livro, o qual ele fez, intitulando-o “Willie, o Honesto, ou Ecos de Um Solitário”.

 

William Upshaw possuía inteligência e princípio. Sua atitude confiante foi reforçada por uma fé duradoura em Deus que ele testemunhou corajosamente. Sua escrita revelou uma força de caráter que um dia o tornaria um líder em sua comunidade, em seu estado, e em seu país. Acima de tudo, ele era sincero, e, como sua escrita revelou, ele reconheceu e apreciou essa qualidade em outros também.

 

“Para aqueles que foram generosos o suficiente para dizer que o nome ‘Willie, o Honesto’, combina comigo porque pareço ser sério, é claro que eu me sinto muito grato, realmente. Desfrutando como eu desfruto, com a intensidade de minha natureza de uma alegria pura e de um gracejo inocente, ainda assim, nas coisas reais e sérias da vida, eu acredito ser profundamente sério. Isso é a própria paixão de minha alma. A seriedade é o segredo de quase cada sucesso do homem, e é a alavanca que persistentemente empurra para a conclusão de quase cada movimento por reforma, seja ela grande ou pequena. Deixe que um ministro de Cristo ou qualquer outro orador me convença primeiro – sim, todas as pessoas que o ouvem, de que ele está falando sério – que o seu próprio coração e alma estejam em sua obra, e então ele pode romper com as regras da gramática se ele quiser, assim como ele rompe e abençoa corações humanos”. [Tirado de “Willie, o Honesto ou Ecos de um Solitário”, página 23.]

 

Ao longo do tempo em que ele havia recuperado um certo grau de mobilidade através do uso de muletas e de uma cadeira de rodas, o produto da venda de seu livro havia gerado recursos suficientes para aos vinte e nove anos de idade, William entrar na Universidade Mercer, em 1895. Além de estudar, seus dias de faculdade incluíam uma agenda ocupada de escrita, leituras públicas de seus trabalhos e palestras. Ele era um articulado defensor dos valores cristãos, da boa cidadania e da proibição.

 

William Upshaw foi eleito para a Casa dos Representantes dos EUA na chapa democrata em 1918. Ele foi reeleito em 1920, 1922, e 1924, ganhando reputação como um vivo e enérgico legislador, que lutou para eliminar o ensino da evolução das escolas da rede pública e encorajou seus colegas a assinar promessas de sobriedade. A desilusão do congressista Upshaw com ambos os partidos democrata e republicano sobre a questão das bebidas, levou-o a mudar sua filiação política em 1928, quando ele estava no auge de sua carreira. Ele se juntou ao partido da proibição e tornou-se o seu candidato presidencial na candidatura de 1932. Ele fez uma campanha agressiva, porém sem êxito, e quando a proibição foi revogada no ano seguinte, ele deixou a política e voltou a dar palestras.

 

Entre os anos de 1933 e 1952, William Upshaw viajou por todos os Estados Unidos como presidente da Fundação da Cidadania Cristã Nacional, pregando contra o álcool e o comunismo. Ele foi ordenado como um pastor batista em 1938 com a idade de setenta e dois anos. Quatro anos mais tarde, ele mais uma vez jogou seu chapéu na arena política da Georgia como um candidato a senador e, mais uma vez, ele foi derrotado. Em 1949, ele e sua esposa se mudaram para a Califórnia, onde ele serviu como vice-presidente e membro do corpo docente do Colégio e do Seminário Batista Linda Vista, em San Diego.

 

O congressista William Upshaw orara por cura durante toda a sua vida. Mesmo em 1951, aos oitenta e quatro anos de idade, ele ainda estava buscando por aquela “fé apropriada” na qual cria que o livraria das muletas que tinham sido suas companheiras por mais de meio século. Era uma época em que o ministério dos avivalistas de cura estava no auge de sua popularidade, e o congressista tinha procurado pelas orações dos ministros mais conhecidos do dia, incluindo William Freeman, Oral Roberts, e Wilbur Ogilvie. Mas, como ele mais tarde declarou, “eu simplesmente não conseguia tomar posse e desistia”.

 

Em uma reunião da Convenção Batista do Sul, da qual ele serviu duas vezes como vice-presidente, ele se familiarizou com um homem chamado Dr. Roy Davis, que lhe contou sobre um jovem pastor que tinha ordenado muitos anos antes na igreja batista da cidade de New Albany, Indiana, onde morava. Aquele jovem estava agora atravessando o país orando pelas pessoas, e o seu ministério era diferente dos outros. Ele sugeriu que o congressista o procurasse. Seu nome era William Branham.

 

Na noite do dia 2 de maio de 1951, o irmão William Branham acabara de pregar a sua mensagem e se preparava para chamar uma fila de oração para o púlpito. O santuário do Templo Calvário, em Los Angeles, na Califórnia, ficava cada vez mais cheio a cada noite da campanha, mas das centenas que haviam vindo buscar a cura, somente um punhado a cada noite tinha o seu número de cartão de oração chamado para passar diante dele na fila de discernimento. De repente, mesmo antes que a fila pudesse se formar, uma visão rompeu diante dele e ele se referia para a audiência que ele estava vendo:

 

“Um jovem cai de uma pilha de feno e fratura suas costas. Um médico com um bigode branco e de óculos que ficam abaixo do nariz, trabalha no jovem, mas sem sucesso. O jovem cresce para se tornar uma pessoa famosa que escreve livros, e as pessoas o aplaudem”.

 

Quando a visão lhe deixou, o irmão Branham mais uma vez virou-se para os obreiros e começou a chamar a fila de oração para que se formasse. O irmão Ern Baxter, o administrador da campanha, deu um passo ao lado dele e disse-lhe que o homem da visão estava no edifício e que tinha se identificado para um obreiro. Seu nome era William D. Upshaw, ex-congressista dos Estados Unidos, e queria falar com o irmão Branham. Um microfone foi conduzido até onde o inválido estadista estava sentado em sua cadeira de rodas. “Meu filho”, ele perguntou, “como você sabia que eu caí e me machuquei quando eu era um menino?”

 

“Eu não posso lhe dizer, senhor”, foi a resposta. “Só posso dizer o que vejo”.

“Deus te abençoe, meu menino”, o homem idoso respondeu.

 

Pelos próximos minutos, a audiência permanecia concentrada em seus assentos, enquanto as pessoas passavam perante aquele humilde homem de Deus e eram informadas de seus males. “Outros estavam sendo curados ao meu redor”, escreveu o congressista mais tarde, em seu depoimento. “Então, o irmão Branham levantou as mãos, dizendo: ‘Coloque suas mãos uns sobre os outros’. Um grande volume de oração ascendeu ao longo da audiência de mais de 3000 pessoas. Anjos estavam pairando próximo!”

 

Na foto acima, o congressista Upshaw é visto à esquerda, sentado na frente, com os braços cruzados.

 

Exausto, o irmão Branham foi carregado da plataforma, mas antes que ele pudesse sair do edifício, mais uma vez, pela visão, ele viu William Upshaw, e desta vez ele estava andando na rua sem o auxílio de muletas! Um momento depois, o irmão LeRoy Kopp, pastor do Templo Calvário, correu até o púlpito e anunciou: “O irmão Branham diz: ‘O congressista está curado’.”

 

Instantaneamente, um homem que não tinha andado por sessenta e seis anos, ficou de pé e se dirigiu ao púlpito.

 

William Upshaw manteve o pleno uso de suas pernas pelo resto de sua vida, e ele viajou por todo o país testificando da sua cura. Pouco antes de sua morte, aos 86 anos, ele publicou o seu testemunho em um panfleto que ele enviou para cada senador e membro da Câmara dos Representantes, para o presidente Truman, Winston Churchill, e o Rei George da Inglaterra. Ele morreu no dia 21 de novembro de 1952 e foi enterrado no cemitério Forest Lawn.

 

Em uma mensagem intitulada “Quem Creu em Nossa Pregação?”, pregado em 19 de julho de 1951, referindo-se à cura do congressista Upshaw, o irmão Branham disse:

 

“Sinto que ele era o que o anjo do Senhor estava se referindo quando ele me encontrou e disse: ‘Você orará por grandes homens, estadistas, e reis da terra’.”

 

Fonte: Revista Only Believe, março de 1983 –Vol. 6, Nº. 1

 

Sinais, Prodígios e Milagres

 

A seguir, apresentamos um trecho da mensagem “Sinais, Prodígios  e Milagres”, onde o irmão Branham menciona o dia em que o Senhor curou o congressista Upshaw, estando ele presente na plataforma, quando também é chamado pelo irmão Branham para entregar algumas palavras para a congregação.

 

 

Eu notei alguns minutos atrás que o congressista Upshaw entrou na reunião. Até que eu estivesse na Califórnia nunca tinha visto e nem ouvido falar dele. Uma noite durante a reunião, vi pela visão um jovem rapaz caído e que feriu as costas em uma estrutura de madeira. Eu o vi mais tarde, em um alto cargo. Eu testemunhei na reunião que eu tinha visto essa visão. Na noite seguinte, o irmão Baxter viu este homem. Eu olhei e lá estava o homem que esteve inválido e de muletas por 66 anos. Muitos desses anos ele havia gasto em uma cama com rodízios. Ele serviu como congressista da Geórgia durante oito anos, e mais tarde foi um candidato à presidência dos Estados Unidos.

 

O irmão Upshaw tentou ser curado pelo médico, mas ao falhar, adotou um slogan: “Não desanime e nunca desista”. Ele escreveu livros e falou em faculdades por todo o país. Então depois de ter sido um inválido por 66 anos, Deus o curou. Quando olhei para a platéia naquela noite, vi uma garotinha de cor que estava paralítica. Então eu a vi com sua boneca debaixo do braço descendo a rua, curada. Eu disse para a mãe: “Levante seu bebê”. E então a menina que esteve paralítica por dois anos do ombro para baixo, ficou perfeitamente sã. Depois eu olhei e vi o congressista Upshaw vestido em seu terno listrado, descendo a rua, saltando e louvando a Deus e testificando para as pessoas. Eu disse: “Congressista, você está curado, em nome do Senhor”. E aqui está o congressista Upshaw bem aqui de pé para dar um testemunho.

 

Testemunho do Congressista Upshaw

 

É a história mais doce jamais contada. Eu fui salvo há 67 anos atrás quando eu era um jovem do campo. O diabo me disse que se eu me tornasse um cristão eu nunca teria qualquer prazer no mundo. Ele era um mentiroso. Eu tive mais alegria em uma semana depois que me converti do que eu já tive na minha vida antes.

 

O irmão Branham lhes contou sobre o acidente. Eu estive por sete anos em uma cama e cinco anos em uma cama com rodízios – a primeira vez que eu vim à Louisiana estava em uma cama com rodízios. Depois eu fiquei por 59 anos de muletas.

 

A primeira vez que vi o irmão Branham, eu estava de muletas. Eu entrei no Templo Calvário naquelas muletas. Minha abençoada esposa estava lá e me disse estas palavras: “Quando você se apropria da fé você é curado”. O irmão Branham disse naquela noite: “Ponha suas mãos sobre os seus entes queridos que você deseja que sejam curados”. Minha esposa caiu de joelhos e colocou as mãos sobre mim enquanto o irmão Branham orava, e as pessoas estavam sendo curadas em volta. Mais ou menos naquela hora eles levaram o irmão Branham, porém o pastor LeRoy Kopp voltou e disse: “O irmão Branham disse: ‘O congressista está curado.” Eu larguei minhas muletas e comecei a correr. Isso é tudo que eu tenho a dizer agora, porque eu quero que o irmão Branham comece a fila da cura.

 

 

 

 

No dia 9 de maio de 1951, o irmão William Upshaw, entregou o seguinte testemunho em Los Angeles, Califórnia:

 

...Apenas oitenta e quatro. E eu tenho oitenta e quatro anos de idade, discurso três e quatro vezes por dia, prego o Evangelho do Cristo que me salvou, que permaneceu comigo ao pé da cama por sete anos, e me fez feliz, e então me tirou das muletas que eu havia usado por cinquenta e nove anos e agora, glória a Deus, eu estou andando! [“Glória a Deus”. A audiência aplaude – Trad.] Lembre-se, estou enviando este folheto para cada congressista, senador, presidente e sua esposa, e agora estou enviando esta semana para o rei da Inglaterra por quem ele orou, e Winston Churchill. E eu vou enviar um para Joseph Stalin. Deus tenha misericórdia de sua alma! [“Amém”. A audiência aplaude]

 

 

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Fotos do Congressista William Upshaw